Alimentos Biológicos
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Alimentos biológicos crus ou ao vapor são «a melhor dieta»
Os produtos biológicos, consumidos crus ou cozinhados ao vapor, são «a melhor dieta», porque, graças a este tipo de alimentação, é possível prevenir e curar doenças, disse um especialista em alimentação biológica e nutriterapia.
Diferente da nutrição, a nutriterapia «é uma terapia feita através da escolha dos alimentos», que, ao ter em conta as características específicas de cada alimento, pode «prevenir, mas também curar, várias doenças», explicou Jean-Claude Rodet, co-fundador da Associação Internacional de Nutriterapeutas e da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (AGROBIO).
De acordo com este especialista, o estudo dos alimentos e das suas características «é já muito antigo» e nasce com Paracelso, um médico que viveu entre os séculos XV e XVI e que desenvolveu o conceito de terapia através dos alimentos, da sua forma e da cor. «A beterraba vermelha, pela sua cor, faz lembrar o sangue e, na realidade, este alimento ajuda quando existe uma situação de anemia. As unhas-do-diabo, uma planta, parecem dedos tortos e, na realidade, têm propriedades para curar as deformações articulares das mãos», exemplificou Rodet, que também dirige o Instituto de Saúde Natural, de Montreal, Canadá.
«O feijão tem a forma de um rim e hoje sabemos, através de pesquisas científicas, que o feijão pode curar várias doenças do rim», acrescentou.
Jean-Claude Rodet não tem dúvidas de que «a maioria das doenças pode ser curada através dos alimentos», embora haja situações «em que já é tarde demais para qualquer tratamento». «Mas isso também acontece com os medicamentos farmacêuticos», salientou.
Para levar uma alimentação saudável e saber usar os alimentos na prevenção de doenças, é preciso, no entanto, saber algumas regras. «É preciso identificar as fraquezas do organismo e depois fortalecê-lo através de alimentos naturais, biológicos, na maioria crus, e depois escolher alimentos específicos para cada doença», explicou, acrescentando que esse é um trabalho que deve estar nas mãos de um nutriterapeuta. Para além da importância da escolha dos alimentos, Rodet explicou que é preciso depois saber prepará-los, ter «cuidado» com o processo de cozedura e com a sua conservação.
Para este especialista, não há dúvidas de que a cozedura a vapor é a forma mais saudável de preparar os alimentos porque é a que melhor preserva as suas propriedades, e desaconselha a fritura, o «barbecue» e a grelha. «Quando os alimentos são carbonizados ou caramelizados já são tóxicos. Não são saudáveis», disse.
Jean-Claude Rodet não exclui o consumo de carnes vermelhas, porque «faz parte da diversidade dos alimentos», mas defendeu que deve ser ingerida em pequenas quantidades, no máximo uma vez por semana, porque é «acidificante e provoca um desequilíbrio acidobásico do organismo, que pode causar doenças generativas». Já no que diz respeito ao peixe, Rodet aconselha o seu consumo cru, «com sumo de limão por cima», senão cozido ao vapor, no forno ou estufado.
Apesar de referir estas regras gerais, o especialista defende a individualização da alimentação, ou seja, um tipo de dieta em que são levadas em conta as características físicas específicas de cada pessoa e o seu estilo de vida, pois cada um tem necessidades alimentares próprias. Jean-Claude Rodet tem a certeza de que esta é uma tendência alimentar que veio para ficar e que se está perante «uma viragem ecológica que não é uma moda, mas uma tendência de futuro».
Mitos e Realidades
Afinal, qual é a designação: biológicos ou orgânicos?
Na realidade, o termo correcto é "de produção biológica". Mas o que entrou na linguagem corrente é dizer que determinado alimento é biológico. A designação em português é, em qualquer caso, "de produção biológica" ou biológico. O termo "orgânico" vem de tradução a partir do inglês mal feita ou então do uso do termo brasileiro.
Os alimentos bio (abreviatura de biológicos) são na realidade cultivados sem químicos?
Esta é uma dúvida muito comum. Sim, são. As pessoas desconfiam que comprar alimentos que dizem que são bio é uma perda de dinheiro e é estar a ser enganado. E isso podia ser verdade em certos casos até há alguns anos, mas a partir da altura em que a legislação europeia passou a regular esta actividade, existem sanções para quem infrinja as normas. Actualmente, a produção biológica na Europa abrange produtos vegetais (transformados ou não), plantas espontâneas, algas marinhas, alimentos para animais, produtos animais, apicultura e aquicultura.
Quem é que me garante que um alimento que diz que é bio, o é realmente?
É obrigatório haver uma entidade que certifica a qualidade biológica do produto. Essa entidade actua como terceira parte independente do produtor, realizando auditorias nas unidades de produção / fabrico e / ou pontos de venda, mas o operador é sempre o responsável pelo produto que apresenta no mercado. A certificação que pode ser emitida para os produtos (ou alguns deles) atesta a conformidade face aos requisitos regulamentares, transmitindo a necessária confiança nos mercados e no consumidor. As normas são europeias, apesar de, como em todas as actividades humanas, haver diferença de qualidade entre as várias entidades certificadoras (umas são mais rigorosas e exigentes, outras menos).
São mesmo melhores no sabor?
Sem dúvida. É unânime entre quem prova alimentos biológicos que eles representam o retorno aos sabores de antigamente, como contraponto aos alimentos de agora, insípidos neles mesmos e dependentes de saborizantes e aditivos esternos.
Os alimentos biológicos são mais nutritivos?
É verdade. Em primeiro lugar porque em média os alimentos convencionais contêm muita mais água. Contendo menos, os biológicos têm logo, à partida, para o mesmo peso mais nutrientes e fibra.
Os bios são muito mais caros!
Isto já foi verdade. Hoje em dia as diferenças estão muito esbatidas e quanto mais tempo passa, menos a diferença se nota. Esta evolução deve-se a que maior consumo permite produções maiores, que por sua vez permite baixar os preços. É inclusivamente já comum encontrarem-se alimentos bio com preços mais baixos que outros convencionais. É claro que estas nuances variam muito com os produtos e com a sua origem, mas do que não há dúvida é que a velha questão do preço já não é o que era.
É verdade que alimentação biológica é coincidente com alimentação vegetariana, macrobiótica ou natural?
São coisas diferentes. É verdade que foram estes movimentos que desde sempre dinamizaram, defenderam e praticaram a agricultura biológica e o consumo dos alimentos biológicos, mas a qualidade biológica dos alimentos não se limita a certa(s) dieta(s).
Evolução da Agricultura Biológica:
• Na União Europeia
A Agricultura Biológica, dentro da União Europeia, representa 4% da SAU. No quadro abaixo é apresentado, em hectares, a área destinada à Agricultura Biológica em cada País pertencente à União Europeia (incluindo para além das superfícies reconvertidas as que se encontram em processo de conversão). A União Europeia tem um total de 6,1 milhões de hectares de terra destinados exclusivamente à Agricultura Biológica. Ao analisar-se a área de cada País, encontramos a Itália com a maior área (1,1 milhões de hectares, o que corresponde a 17% do total da União Europeia), seguindo se a Alemanha e a Espanha (0,8 milhões de hectares, cada, o que corresponde a 13% do total da União Europeia). No que se refere a Portugal do total de 233 458 hectares em Agricultura Biológica, são ocupados por: Olival, Pastagens/Forragens, Vinha, Culturas Arvenses, Fruticultura, Horticultura, Frutos Secos, Pousio e Plantas Aromáticas.
|
Superfície total consagrada à Agricultura Biológica (ha) |
% Superfície total dedicada à Agricultura Biológica (UE 25*)
|
EU 251 |
6 115 465 |
100,0 |
Bélgica |
22 994 |
0,4 |
Republica Checa |
254 982 |
4,2 |
Dinamarca |
134 129 |
2,2 |
Alemanha |
807 406 |
13,3 |
Estónia2 |
n.d. |
n.d. |
Irlanda |
34 912 |
0,6 |
Grécia |
288 737 |
4,7 |
Espanha |
807 569 |
13,3 |
França |
560 838 |
9,2 |
Itália |
1 069 462 |
17,6 |
Chipre |
1 698 |
0,0 |
Letónia |
118 612 |
1,9 |
Lituânia |
64 544 |
1,1 |
Luxemburgo |
3 158 |
0,1 |
Hungria |
128 576 |
2,0 |
Malte |
14 |
0,0 |
Holanda |
48 765 |
0,8 |
Áustria |
360 369 |
5,9 |
Polónia |
82 730 |
1,4 |
Portugal |
233 458 |
3,8 |
Eslovénia |
23 499 |
0,4 |
Eslováquia |
90 206 |
1,5 |
Finlândia |
147 587 |
2,4 |
Suécia |
222 268 |
3,2 |
Reino Unido |
608 952 |
10, |
Regras da agricultura biológica
Proibido utilizar pesticidas e adubos químicos de síntese (laboratório) - só são permitidos naturais.
A cultura deve ser conduzida de modo a evitar o esgotamento dos solos e a respeitar o equilíbrio ecológico (exemplo: rotação de culturas).
Os animais de criação só podem receber dois tratamentos com medicamentos veterinários convencionais por ano. Quando os utilizar, o criador deve respeitar um prazo mais longo antes de abater o animal (o dobro do prazo normal).
Os animais não são fechados em permanência mas pastam em liberdade.
Os animais só podem receber alimentação vegetal e biológica.
O ciclo natural dos animais tem que ser respeitado. Não se pode verificar a inseminação artificial nem a utilização de hormonas para regular as ovulações.
Todos os organismos geneticamente modificados estão interditos.
Não podem usar-se radiações ionizantes nem aditivos alimentares no processamento e conservação.
Benefícios dos Alimentos Biológicos
O maior estudo sobre alimentos biológicos (também designados em alguns países por orgânicos ou por ecológicos) jamais feito e que implicou um gasto de 12 milhões de libras em quatro anos estabelece que estes produtos são mais nutritivos do que os convencionais. As conclusões irão provavelmente inverter a posição do governo de que a escolha de produtos orgânicos era uma opção de estilo.
O estudo revela um maior nível de antioxidantes e de elementos químicos considerados benéficos e susceptíveis de diminuir o risco de cancro e doenças coronárias que são as causas maiores de morte na Inglaterra. O Professor Carlo Leifert, coordenador deste projecto apoiado pela União Europeia, declarou que as diferenças eram tais que uma quantidade menor do que a actualmente recomendada seria suficiente para fornecer os nutrientes necessários.
Os ministros e a Foods Standard Agency afirmavam não haver diferença entre as duas fileiras de produção mas agora, face aos resultados do estudo, a Agência está a rever o assunto para decidir se altera a sua posição.
A experiência, levada a cabo numa herdade de mais de 700 hectares ligada à Universidade de Newcastle e em outros pontos da Europa, consistiu em cultivar frutas e legumes em talhões distintos, de agricultura biológica e não biológica, e ainda em criar gado alimentado com os diferentes produtos.
O leite dos animais criados com produtos biológicos tinha um nível de antioxidantes 90% superior ao dos animais alimentados convencionalmente.
Nos legumes, o nível de antioxidantes dos talhões cultivados segundo as regras da agricultura biológica foi 40% superior ao dos legumes dos talhões da agricultura convencional. Por tudo isto, o Professor Leifert afirma que os resultados desta experiência, em que colaboraram mais de 30 instituições científicas independentes, mostram que o governo está errado.
O que existe?
A diversidade é uma palavra que pode ser perfeitamente aplicada à alimentação biológica, com uma multiplicidade de produtos que vão muito para além das frutas e legumes que já conhecemos. Acrescente à sua lista de compras: lacticínios, carne, pão, bolachas, cereais, massa, arroz, bolachas, sumos, vinhos, café, chã – até batatas fritas e refeições congeladas! Por isso, há produtos para todos os gostos e apetites.
Alimentos Biológicos
O que é?
Praticada em mais de 120 países, a agricultura biológica caracteriza-se por não utilizar pesticidas sintéticos, herbicidas e fertilizantes químicos nas cultivações, nem hormonas de crescimento ou antibióticos na produção animal; os produtos não são irradiados, nem geneticamente modificados. O resultado são alimentos que contêm níveis mais elevados de vitaminas, minerais, proteínas e anti-oxidantes que, como todos nós sabemos, trazem muitos benefícios para a nossa saúde, contribuindo para a prevenção de várias doenças. Para além de um valor nutritivo acrescentado, os produtos biológicos crescem ao sabor da natureza, desenvolvendo as suas características genuínas, o que acaba por potenciar as suas formas, cores, aromas e paladares – tudo 100% natural.